sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Maringa - Campo Grande - Corumba - Santa Cruz - Cochabamba - La Paz

chegamos em maringa as 8:30 e tinhamos que esperar ate as 11h para embarcar, aproveitamos o tempo para comprar a passagem de CG a corumba. Feito isso, subi pro segundo andar da rodoviaria e dormi um pouco encostado na mochila.
Pegamos o bonde as 11 e chegamos em cg as 20h. A rodoviaria de cg é ridicula para uma capital estadual, muitos mendigos e bebados, tudo muito sujo e baguncado. Comemos uma pizza e voltamos para a rodoviaria para embarcar com destino a corumba as 23h, chegamos lá as 6 e pouco. Ficamos esperando em frente a ANVISA ate as 8h para que o cristian tirasse o certificado de vacina. Na sequencia fomos sacar uma grana e cambiar (1dolar= 2,48 reais), e nos informamos como fariamos para ir ate a froteira sem pagar taxi, nos indicaram um onibus que passa de hora em hora (horario fechado ex 8h, 9h...) em frente a uma praca. Quando chegamos no ponto, conhecemos 3 franceses e um grupo de brazucas que estavam indo carimbar o passaporte e comprar a passagem do trem. Nos juntamos a eles, pagamos 1,5r no bonde e toca pra fronteira. Nada de muito demorado para carimbar o passaporte, logo depois pegamos um taxi boliviano e me surpreendi em ver que o painel do carro (velocimetro, gasolina..) ficava do lado direito e o volante do lado esquerdo. Descobrimos que sao importados do japao, e aqui eles fazem essa gambiarra. Chegando na estacao de trem nos informaram que nao teria mais passagens, porem quando chegamos no guiche conceguimos comprar na categoria mais fulera, ja que a outra nao tinham mais bilhetes. Ficamos em Porto quijarro enquanto o resto da galera tinha ido buscar as malas que estavam no hostel em corumba. O trem sairia as 13:45(BO), eu e o cris tinhamos 2h e meia para dar um role, de cara compramos duas Paceñas Extras (5% alcool) e degustamos embaixo de um solao de rachar. Comemos um salgado, compramos 2 aguas 2l e nos encontramos com os outros brasileiros , aqui o grupo ainda era de 6 pessoas, eu, o Cristian, o Tiago (formado em fotografia, mora em sampa) com a namorada Cassia, o Guilherme e o Marlon (de Ipatinga - MG). Embarcamos sabendo da duracao da viajem e tambem do pouco conforto que teriamos. Nao nos enganamos. O banco nao era reclinavel, e na nossa categoria (Primeira Classe, que é a pior de todas) nao existe lotacao, ou seja, a cada parada que tinha, embarcava dezenas de bolivianos que se amontoavam nos corredores, chao, na porta do banheiro. Desde os primeiros momentos, varias criancas e mulheres adultas ficavam oferecendo comida nos corredores, costela de porco, espeto de frango, peixe frito, e tantas outras coisas que nada me apetitaram, pelo contrario, me davam nauseas. Ja na primeira parada, percebi o abismo economico que separa a nossa vida de tantas outras. Criancas vindo na janela te vender comida, muita sujeira, animas pastando no meio do povo. Uma cena lamentavel para um pais que quer socializar a economia. O trajeto de 800km (aprox) foi feito em incriveis 22h! E nao achem que subimos muito com o temido (nao tem nada a se temer) trem da MUERTE, pois o ponto final (Santa Cruz de la Sierra) fica somente a 400m de altitude. Durante a cansativa viagem conhecemos outros tres brasileiros (Jair - publicitario, Thiago e outro que nao lembro o nome - analistas de sistemas) vindos de sampa. Na chegada em Santa Cruz conhecemos 3 gurias de Sampa que estudam (uma delas da aula) em SC. Ou seja, estavamos em 12 brasileiros com o mesmo roteiro inicial. Saimos do Bi-modal e fomos atraz de uma pousada para passar a noite. O transito na Bolivia é caotico! Muito barulho e falta de respeito dos motoristas, entre eles e tambem com os pedestres. Quando voce quer atravessar a rua eles aceleram, uma baixaria! Durante a tarde fomos conhecer a cidade, chegamos a uma praca de frente com uma igreja muito bonita, com o altar feito de prata. Santa Cruz é a capital financeira da Bolivia, e ali tinham muitos anti-Evo e sua constituicao. Passamos a noite no hostel Ambar (30 bol), em quarto duplo e banho comunitario e gelado. Acordamos no dia seguinte as 5:30 da manha para pegar o onibus que nos levou a Cochabamba. E nao foi nada facil comprar essa passagem, ja que existe duas rodovias ligando Santa Cruz - Cochabamba, e a nova estava interditada por causa de um deslisamento, entao nao tinhamos escolha a nao ser ir pela antiga. Quando eu postar as fotos voces vao entender o que é essa rodovia, pra falar a verdade a tarifa de 80bol ficou barata, somando o trajeto + a adrenalina surreal de passar a um metro das ribanceiras andinas. Chegamos as 20h em Cochabamba (2500m de altitude +-) e compramos o bilhete para La Paz, saindo as 23h. Ate ai nao tinha sentido os efeitos da altitude, porque estavamos com um pouco de folhas de coca, que fomos mascando ate Cochabamba, porem o pacotinho com as folhas ficou no outro onibus e tivemos que encarar mais 1400m sem nenhum auxilio. Nada muito agradavel, eu sentia uma pressao geral no corpo, principalmete na cabeca e ouvidos. Uma das meninas teve que tomar dramin gotas para amenizar o enjoo. E hj, 9 de enero de 2009 estou escrevendo isso aqui, da capital boliviana La Paz, numa temperatura proxima a de Curitiba. Em breve vou postar as fotos do role ate agora, pois a cam ta sem bateria e nao rolou por enquanto.
Falou valeu

Feretas

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